quarta-feira, 24 de junho de 2009

Conselho simples


Alma deformada não é defeito, é objeto de pesquisa. Alma deformada pode ser arte pulsando, querendo criar pernas próprias. Arte inerte provoca dor n’alma. Que a sua história, feita de chão de sertão, ou de asfalto em movimento. De aberto deserto ou de família de pai, tio e avô, seja grata memória. De toda forma, há silêncio vivo em você, pulsando sabedoria. Vasto. Vasto e casto. Um mundo à espera de suas tintas de aquarela. Um mundo de linhas, esperando que você dê formas a elas, o seu sentido, o seu colorido. Coloque em sua vida uma flor e a ela dedique o seu amor. Flor-flor, flor-mãe, flor-pai, flor-filho, flor-vovô e vovó, flor-namoro, flor-marido, flor-neto, flor-tio, flor-colega de profissão, flor-amigo do coração. E num dia (dia especial é dia qualquer a qualquer bem-querer), escreva para a sua flor uma canção. Encomende a um seresteiro que em noite de lua brejeira, cante a canção no pé da sua flor. Que seja canção simples, pois do simples é feito o divino, mas que seja a letra saída do coração, aí sim, emoção, e regue então de amor a sua flor. Aceite a vastidão do seu ser em constante ebulição, pois que em cada segundo de respiro somos criação. Movimente a sua vida para fazê-la sangue que dá vida a ditas vidas encrepusculadas pelo vão amanhecer. Flagrantes de alma é muito bom, desperta.

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