A perspectiva do chão
Aberto à semeadura
A perspectiva da paz
No coração
A perspectiva da paz
No coração
Mesmo que a rachadura
Dos idos e do falado
Cale a alma em sonho
Amedronte a razão
Enquanto se respira
Apostam em você
Mesmo que à mercê
Do precipício da desilusão
Pois que cada acontecimento
Bom ou não
É ave de rapina
Ensina
E vai...
Para outras paragens
Novas abordagens
Nova situação
Não se iluda
Pois que o caminho é suado
As entrelinhas cobertas
Por mistérios maiores
Viver é cumprir sina
Alma sábia sabe disso
Mas maior é o compromisso
De ser feliz
Para tudo
O equilíbrio-sustento
Mediando certo
A razão e a emoção
Dia há que o tudo
Afundado no nada
Deprime e assume
Nova proporção
Nefasta angústia
Que nada mais é
Que ansiedade mal cuidada
Falta de fé desvairada
Assuma então
A postura dos anjos
Silêncio, oração
Que a cortina se abre
E um braço de sol
Quente e singelo
Abraça a sua alma
E te assume em adoção
Pois que órfãos somos
De nós mesmos
Quando nos perdemos
No novelo da vida
Esta dona tão bela
Mas, como toda mulher,
Cheia de querelas
Precisada de atenção
Os detalhes amiudados
Pela corriqueira canseira
De casa e trabalho
Ficam jogados
No sótão de cada um
Empoeirados, mal cuidados
E se queixam de infindas desavenças
Mas os detalhes é que fazem a diferença
Para uma vida mais colorida
Para um sorriso bordado
De cristais de amores
Com perfume de flores
Para tudo o divino
Chão fértil à espera
De sementes de sonho
De desejos cristalinos
Para tudo a fé
Senhora sábia e vivida
Sua maior amiga, a esperança
Seu objetivo
A perspectiva do chão
(Alyne)
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