terça-feira, 14 de abril de 2009



A perspectiva do chão

Aberto à semeadura
A perspectiva da paz
No coração


Mesmo que a rachadura
Dos idos e do falado
Cale a alma em sonho
Amedronte a razão

Enquanto se respira
Apostam em você
Mesmo que à mercê
Do precipício da desilusão


Pois que cada acontecimento
Bom ou não
É ave de rapina
Ensina


E vai...


Para outras paragens
Novas abordagens
Nova situação


Não se iluda
Pois que o caminho é suado
As entrelinhas cobertas
Por mistérios maiores


Viver é cumprir sina
Alma sábia sabe disso
Mas maior é o compromisso
De ser feliz


Para tudo
O equilíbrio-sustento
Mediando certo
A razão e a emoção


Dia há que o tudo
Afundado no nada
Deprime e assume
Nova proporção


Nefasta angústia
Que nada mais é
Que ansiedade mal cuidada
Falta de fé desvairada


Assuma então
A postura dos anjos
Silêncio, oração
Que a cortina se abre


E um braço de sol
Quente e singelo
Abraça a sua alma
E te assume em adoção


Pois que órfãos somos
De nós mesmos
Quando nos perdemos
No novelo da vida


Esta dona tão bela
Mas, como toda mulher,
Cheia de querelas
Precisada de atenção


Os detalhes amiudados
Pela corriqueira canseira
De casa e trabalho
Ficam jogados


No sótão de cada um
Empoeirados, mal cuidados
E se queixam de infindas desavenças
Mas os detalhes é que fazem a diferença


Para uma vida mais colorida
Para um sorriso bordado
De cristais de amores
Com perfume de flores


Para tudo o divino
Chão fértil à espera
De sementes de sonho
De desejos cristalinos


Para tudo a fé
Senhora sábia e vivida
Sua maior amiga, a esperança
Seu objetivo


A perspectiva do chão


(Alyne)

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